Mulheres vivas Zona Oeste

Movimento Mulheres Vivas Zona Oeste
Imagem: Acervo Movimento Mulheres Vivas Zona Oeste

O Movimento Mulheres Vivas Zona Oeste, surgiu em 2019, reunindo mulheres moradoras da região de Santa Cruz e de instituições da sociedade civil, com o compromisso de cobrar justiça por Marielle e Anderson e denunciar as violações contra as mulheres e crianças da Zona Oeste, que sofrem com a falta de mobilidade urbana, com subempregos, com a fome, com a falta de instrumentos culturais, com a falta de acesso à saúde e à educação de qualidade.

Em 2020, o ato público que o coletivo estava organizando foi cancelado devido ao comunicado da Covid-19, um dia antes do dia 14/03. Cancelamos a programação geral e decidimos que apenas as organizadoras do evento se encontrariam para acolher e manifestar nosso amor e nossa luta por Santa Cruz, para questionar e chorar dois anos do assassinato de Marielle. Não fazíamos ideia do que nos esperava na pandemia.

Muitas de nós pararam o trabalho cultural e educacional que faziam em suas organizações e comunidades, para coletivamente ocupar a linha de frente contra as consequências da Covid-19 nas favelas e periferias, cumprindo um papel fundamental de assistência alimentar, saúde coletiva e comunicação comunitária, diante da negligência do Estado.

Em 2023, no dia 18/03, após 5 anos sem saber quem mandou matar Marielle, ocupamos novamente a Praça do Ringue, em frente à estação de trem e do BRT, no centro de Santa Cruz, com arte, cultura e muita manifestação política. O Brasil vive um momento político de reconstrução e é muito importante que as mulheres, sobretudo mulheres negras, pobres e periféricas façam parte desse processo, ocupando espaços de poder, cobrando seus direitos e podendo esperançar que dias MULHERES VIRÃO.

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