Sejamos Base – Ocupação Unidos Venceremos

Sejamos Base
Imagem: acervo Sejamos Base

Desde o início de sua criação, o Projeto B.A.S.E. tem como objetivo auxiliar as crianças e jovens de Jesuítas, sub bairro de Santa Cruz, nas áreas de cultura, lazer e educação, além de viabilizar oportunidades profissionalizantes e de primeiro emprego. Com a pandemia, os esforços do projeto se voltaram a ajudar famílias com cestas básicas,

kits de higiene, máscaras e álcool em gel. Porém, para manter essas comunidades “protegidas”, também era necessário sanitizar essas regiões e, assim, surgiu uma forma de capacitar jovens da região, prestando um serviço que poderia ajudar suas comunidades, e também gerar renda durante a pandemia, sanitizando os locais com equipamento e proteção adequada.

A grande onda de solidariedade gerada na e pela pandemia nos fez alcançar outras comunidades de Jesuítas no bairro de Santa Cruz. E foi responsável pela criação e

implementação da Escolinha na Ocupação Unidos Venceremos, onde começamos a atuar, pois a situação era de extrema vulnerabilidade, caos social, descaso, abandono e opressão, além de habitações irregulares, sem nenhum atendimento de saneamento básico, e a quantidade de crianças nos chamou a atenção.

Com a ajuda de amigos, passamos a apoiar o projeto do Albert, professor de História e morador da Ocupação que já se disponibiliza a dar aula para pequenos grupos de alunos. Para crianças sem recursos, que não acompanham aulas on-line, a aula de reforço dava uma motivação para não desistir dos estudos. O espaço que o Albert tinha para dar aulas foi ampliado e ele passou a atender cerca de 70 crianças.

Imagem: Acervo Sejamos Base

Imagem: Acervo Sejamos Base

O projeto ajudava a suprir uma das muitas demandas de estar em uma comunidade ignorada pelos poderes públicos.

Imagem: Acervo Sejamos Base

Começamos o ano de 2021 com a meta de iniciar uma articulação para garantir moradia digna para as famílias da Ocupação. A comunidade contava apenas com 3 banheiros comunitários para 250 famílias que se abrigavam em barracos de madeira, até a noite do dia 14 de janeiro deste ano, quando, segundo os moradores, um curto circuito em um ventilador provocou um incêndio que se espalhou e dominou todos os barracos. Os moradores saíram a tempo, enquanto os bombeiros e os serviços da prefeitura atuaram de imediato.

As famílias que perderam tudo foram levadas para o Centro Esportivo Miécimo da Silva e imediatamente muitas doações chegaram ao local. Logo no dia seguinte, enquanto nos mobilizamos com outros coletivos, as notícias foram chegando, e aguardávamos as tomadas de decisão em relação a realocar as famílias, já que por motivo de uma colônia de férias, o ginásio não poderia mais acolhê-los.

A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro informou que todas as famílias irão receber aluguel social até o fim de janeiro, através de um cadastro das famílias feito pela última gestão; mas, que precisavam deixar o local.

Foi sugerido que fossem para casa de familiares e quem não tivesse para onde ir, poderiam ir para abrigos municipais. Uma grande parte que se recusa a ir para os abrigos acredita que precisam estar juntos para, de fato, conseguirem o aluguel social e o acesso ao programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Estamos buscando apoio para que essas famílias, que agora ocupam um galpão em Jesuítas, através de doações possam viver com um mínimo de dignidade, enquanto os movimentos e lideranças da região articulam e buscam cobrar o direito dessas famílias a um acolhimento efetivo e a moradias saudáveis.

Imagem: Acervo Sejamos Base

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